Modo soneca: o uso do celular antes de dormir

21 de junho de 2018

Nos dias de hoje é difícil de encontrar alguém que não tenha um aparelho celular no bolso: carregamos a todo tempo um gadget que dá acesso a, literalmente, um mundo de informações a um só toque de distância. A tecnologia avançou tanto que antigos equipamentos das mais variadas utilidades (máquina fotográfica, agenda, gravador de voz, computador, navegador GPS, calculadora etc) agora estão reunidos em um só objeto. Ao mesmo passo, cresceu também a ansiedade de estar por dentro de tudo que acontece, a todo momento; o ritmo corrido do dia-a-dia, sobretudo dos moradores das grandes cidades, tornou imprescindível o uso do smartphone para realizar as tarefas relacionadas ao trabalho, lazer e vida social. As pessoas passam o dia inteiro com os olhos grudados na telinha do celular, e a maioria continua assim até mesmo quando deita para descansar. Entretanto, esse uso vem se mostrando cada vez mais inadequado, em virtude dos prejuízos que causa à saúde em decorrência de uma noite de sono que acaba não sendo proveitosa.

A qualidade do sono de um ser humano é regida por três pilares: sua necessidade biológica, horário de sono, e ainda o fator comportamental, que é influenciado pelas atividades que acontecem perto do momento de descanso. Nesse último se encaixa o hábito que um crescente número de pessoas vem adquirindo de utilizar o celular antes de dormir, que prejudica a saúde em duas frentes: ansiedade e a questão hormonal.

Navegar nas mídias sociais na hora que precede o descanso, assim como assistir a um filme ou ler um livro emocionante quando já se está deitado no colchão, ativa os neurotransmissores responsáveis por manter a mente em estado de vigília. Isso significa que essas atividades excitam o cérebro aumentando a produção do hormônio cortisol, que, quando alcança grandes níveis, é responsável por estressar a pessoa e deixá-la ansiosa, impossibilitando um sono adequado. Vale ressaltar que, no caso das crianças, o uso de aparelhos eletrônicos atrapalha a rotina do sono facilmente a partir do momento em que, ao ligar um jogo, a criança já atrasa sua hora de dormir e acaba tendo menos horas de descanso. Além disso, a simples presença do aparelho no quarto o jovem, mesmo que sem estar sendo utilizado, também se mostrou prejudicial - uma vez que gera a ansiedade de poder estar recebendo alguma mensagem a qualquer momento.

Já o fator hormonal é relacionado à exposição que os olhos sofrem da luz, bem como o horário em que isso acontece. Os aparelhos eletrônicos emitem luzes que desregulam o fotoperíodo do ciclo circadiano, isto é, o tempo em que o corpo está sujeito à ação da luz, alterando a forma pela qual o organismo trabalha para fechar o ritmo de um dia de funcionamento. O celular inibe o sono ao emitir a luz azul captada pelos olhos, que atinge a glândula pineal e ativa o estado de alerta - afeta o relógio biológico e o que o cérebro entende por dia e noite.

A luz azul emitida pelas telas dos computadores e demais aparelhos eletrônicos impede a produção da melatonina. A função desse hormônio não é exatamente fazer nosso corpo dormir, mas auxiliar a sonolência, avisando o organismo que é hora de ir para a cama. O momento no qual acontece o ápice de liberação é depois de algumas horas que já estamos dormindo - mas se o ambiente não for escuro o bastante esse processo não acontece. Além de alterar o funcionamento do relógio biológico, a falta de sono causada pela luz azul também afeta outros hormônios além da melatonina: a leptina (responsável pela sensação de saciedade), o GH (do crescimento) e o cortisol (que regula a estabilidade emocional e o controle de inflamações).

A King’s College de Londres, uma das universidades públicas de investigação mais prestigiadas do mundo, realizou pesquisa com 125.198 jovens com idade entre 6 e 19 anos de inúmeros países para descobrir os potenciais danos do uso prolongado de aparelhos eletrônicos à qualidade do sono (https://jamanetwork.com/journals/jamapediatrics/fullarticle/2571467). Através do estudo foram constatados prejuízos de vários níveis ao descanso, decorrentes do uso do celular, que variaram entre distúrbios físicos e mentais, como comprometimento do sistema imunológico, atrofia do crescimento, obesidade, depressão e tendência suicida.

O uso indiscriminado do aparelho celular pelos jovens também afeta questões de comportamento e desempenho escolar. O processamento do aprendizado é prejudicado a partir do momento em que a criança não tem uma noite de sono adequada, demorando para dormir, acordando mais vezes durante a noite e descansando menos.

Assim, tanto jovens quanto adultos devem tomar cuidado com o fator claro-escuro do ambiente e a utilização de eletrônicos próximo à hora de dormir. Dicas úteis para serem seguidas consistem em evitar o uso do celular no mínimo 30 minutos antes de deitar, diminuir o brilho da tela do aparelho (ou utilizar o modo night shift que alguns modelos possuem, que substitui a luz azul pela luz vermelha, que não atrapalha o sono), e ainda manter o smartphone do lado de fora do quarto - já que tira o fator de ansiedade de receber mensagens ou ligações a qualquer momento da madrugada.

Então já sabe: antes da hora de dormir faça utilização dos aparelhos eletrônicos apenas para conferir o catálogo de produtos da Vivar Sleep Center no nosso site - mas depois mantenha o celular desligado para uma boa noite de sono! E depois que acordar procure nos fazer uma visita às nossas lojas que ficam em Porto Alegre, Novo Hamburgo e Salvador, para bater um papo com nossos vendedores que são especialistas em como te ajudar a garantir o melhor descanso possível. Noites satisfatórias dependem da escolha de bons colchões, e cada detalhe faz a maior diferença.

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