As religiões e os sonhos: o que diz o judaísmo

21 de novembro de 2022

Segundo a concepção judaica, os sonhos têm um papel fundamental na vida e podem conter predições e advertências.

Seguindo com nossa série de posts sobre como as religiões mais populares entre os brasileiros se relacionam com os sonhos, hoje vamos falar sobre o judaísmo que, segundo o Datafolha, é a crença de 0,3% dos brasileiros.

No judaísmo, os sonhos sempre foram considerados importantes: para os profetas da Torá, eles predizem o futuro; para o Talmud, são um meio de comunicação entre os homens e o divino; e o Zohar – Livro do Esplendor - amplia a reflexão, dizendo que um mundo sem profetas tem a sabedoria divina revelada nos sonhos.

Mas isso não significa que todos os sonhos tragam alguma mensagem. É preciso cuidado para fazer interpretações, como a própria Torá enfatiza, ao recomendar que se fique longe das pessoas que usam sonhos como presságios ou afirmam haver uma presença divina em seus sonhos.

Os textos sagrados do judaísmo mencionam que tanto o sono como os sonhos têm papel fundamental na vida. O sono colabora com a saúde física e mental e ajuda as pessoas a recuperarem a energia e a abrir a mente para influências superiores. Além disso, assim como outras atividades necessárias ao corpo, como comer e beber, o sono tem uma função espiritual, como explica a Cabalá. O Zohar conta que, durante o sono, a alma se liberta das limitações do corpo e se eleva à fonte espiritual, na qual recarrega as energias para o dia seguinte.

Já o sonho, segundo o Talmud, é visto como uma forma menor de profecia, que pode conter predições ou advertências. Em comum, todos os sonhos contêm alguma inverdade. O Talmud ensina que "assim como é impossível encontrarem-se espigas de milho sem palha, também não existem sonhos sem aspectos vãos".

Para o judaísmo, existem sonhos comuns e sonhos proféticos, que podem transmitir a voz e a vontade divina. Há ainda os sonhos que ocorrem quando a alma fica à mercê de forças espirituais negativas e os que são reflexos de nossa mente, surgindo a partir dos pensamentos e acontecimentos do cotidiano.

Como os sonhos proféticos são relatados na Torá

O primeiro sonho profético relatado na Torá foi sonhado pelo patriarca Abraão. Um artigo publicado na revista Morashá conta que “ao cair em sono profundo, ouviu Deus lhe prometer que seria pai de uma grande nação e mostrar o futuro de sua descendência, assegurando-lhe que deles seria a Terra de Israel”.

Jacó também teve seu sonho relatado. Consta que “enquanto dormia, viu uma escada que se erguia do solo e cujo topo chegava aos céus, pela qual anjos subiam e desciam. No alto, estava o eterno, que lhe (Gênese, 28: 12-13) prometeu proteção e assegurou-lhe que a terra pertenceria à sua descendência”. Neste sonho, Deus desvenda a Jacob seu destino e o futuro de seus predecessores.

Também receberam mensagens divinas em sonhos outras figuras bíblicas, como o rei David, o rei Salomão e os profetas Samuel e Daniel. O Talmud ensina que "mesmo que esconda meu rosto a Israel, comunicar-me-ei com ele por meio de sonhos" (Talmud Chaguigá, 5b). Por isso, há figuras bíblicas que ouviram a voz de Deus em seus sonhos, recebendo mensagens que ajudaram a sustentar o povo judeu, principalmente no exílio.

Um sonho não interpretado é como uma carta não aberta.

A interpretação dos sonhos é uma questão muito importante para o judaísmo, tanto que tem destaque nos livros sagrados, como citados anteriormente. Segundo o Talmud, "o sonho segue o poder dos lábios" e segue a interpretação, desde que tenha consistência em relação ao seu conteúdo”. Afinal, "assim como nos foi interpretado, assim aconteceu".

Segundo o Talmud, na época do segundo templo, 24 pessoas de Jerusalém tinham o poder de interpretar sonhos. Houve mesmo situações em que para um mesmo sonho foram dadas 24 interpretações diferentes, todas consistentes - e, o que mais impressiona - todas se realizaram (Berachot, 55b). Os sábios judeus explicam que a maioria dos sonhos contêm vários significados possíveis, que são "acionados" por suas respectivas interpretações.

Ensina o Zohar que se o sonho é bom, devemos lembrá-lo para que se realize, pois "um sonho esquecido nunca se cumpre". Como Rav Chisda afirmava; "um sonho positivo não se destina a ser realizada em toda a sua plenitude, assim como um negativo tampouco se cumprirá em sua totalidade (Berachot, 55a)".

Já os sonhos ruins podem ser transformados em positivos, segundo o Talmud. Uma passagem conta o que Bar Kapará disse ao Rebi: "Em sonhos, vi que minhas mãos haviam sido cortadas". Rebi respondeu que "isto significa que você não mais precisará do trabalho de suas mãos". Ou seja, ele ia prosperar e não precisaria mais executar atividades manuais para se sustentar.

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