A suspeita é que mudanças hormonais femininas - a maior parte ligadas à puberdade e ao climatério - estão envolvidas nas queixas de insônia.

A insônia é uma queixa comum entre as mulheres em diversas fases de suas vidas. Embora, de acordo com as pesquisas, a ala feminina passe mais tempo na cama e durma mais e melhor do que os homens, um relevante número de mulheres percebem que o seu sono não é bom ou é ruim.

Essa percepção negativa do sono por parte das mulheres é objeto de questionamento de médicos e de pesquisadores especializados em sono. A suspeita é que mudanças hormonais femininas que ocorrem na puberdade estão envolvidas nas queixas de insônia de diversas maneiras, como no aparecimento de transtornos psiquiátricos (ansiedade e depressão).

Além das alterações somáticas e de humor mensais relacionadas à tensão pré-menstrual (TPM), em comparação com os homens, as mulheres sentem muito mais os efeitos negativos de uma noite mal dormida ou uma noite em claro. A perda do sono para a mulher é mais debilitante e prejudicial à saúde, aumentando os riscos de desenvolvimento de pressão alta, de doenças cardiovasculares e de distúrbios metabólicos. Esse quadro pode ser piorado ainda mais nas mulheres por conta das mudanças hormonais provocadas pela menopausa. As alterações hormonais, como as relacionadas à transição para a menopausa, o período chamado perimenopausa, tornam as mulheres extremamente vulneráveis aos distúrbios do sono.

Tanto por fatores sociais relacionados à pressão maior que as mulheres sofrem para lidar com carreira, filhos e casa, quanto pelos biológicos, elas apresentam maior necessidade de um sono de qualidade. Isso só aumenta com a chegada da menopausa. Ou seja, a saúde do sono é vital para que o corpo funcione apropriadamente e, principalmente, para evitar doenças.

Um cochilo mal tirado pode ainda ser medido segundo a persistência de três fatores chave: pela quantidade de horas de repouso, o número de vezes em que desperta e o tempo estimado para adormecer. As consequências também são mais graves para a saúde feminina, podendo deixá-las mais aflitas, hostis, depressivas e irritadas. As mulheres também têm uma tendência maior a desenvolver complicações cardíacas, quadros depressivos e distúrbios psíquicos, caso não coloquem tranquilamente a cabeça no travesseiro. Que agora os homens, depois de ler esse texto, possam reavaliar o pedido de suas companheiras para ficar mais 15 minutinhos na cama, não é mesmo?

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