Mitos e verdades sobre o sono dos bebês

20 de julho de 2022

Respeitar as fases da vida dos pequenos e compreender que eles precisam de descanso reparador tanto para os adultos é fundamental para que eles se tornem saudáveis.


Vocês se prepararam para a chegada do pequeno, decoraram o quarto, escolheram com carinho o berço, o colchão, os cobertores e os acessórios... Mas agora que o bebê está em casa, sobram as dúvidas sobre a rotina de sono dele. Afinal, além das orientações do pediatra, os familiares e amigos têm várias ‘dicas’ e histórias pra contar sobre como um bebê deve dormir. Como saber o que é verdade e o que é mito sobre o sono do bebê? Leia nosso artigo e descubra!

Primeiro precisamos entender: o que é um sono bom?

Para avaliarmos o sono de um bebê, é importante entendermos primeiramente o que define uma boa noite de sono. Segundo a gastropediatra e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Feevale, a dra. Aline Friedrichs de Souza, “um sono bom é aquele em que a pessoa consegue se recuperar e descansar de forma adequada. E não estamos falando só do cérebro, todo o corpo precisa descansar, relaxando a musculatura, para então acordar tranquilo e revigorado”.

Porém, em relação à faixa etária pediátrica, a médica, que também é Mestre em Saúde da Criança e do Adolescente, destaca ser mais difícil avaliar o que um ‘sono bom’ significa. “Para os adultos nós podemos perguntar para chegar a um consenso, para o bebê não tem como”, adverte.

O bebê cresce, o sono muda

Provavelmente você já ouviu falar sobre o ciclo circadiano — que nada mais é do que um mecanismo interno que regula as atividades diárias do organismo em ciclos de em torno de 24 horas. Popularmente conhecido como "relógio biológico", esse mecanismo, assim como o sono, tem diferenças de funcionamento entre bebês e adultos.

“Para garantir o desenvolvimento neuronal (do cérebro), os bebês precisam se alimentar a cada 3 horas. A criança dobra seu peso em um ano e precisa se alimentar para isso. Os primeiros 6 meses são o período de adaptação da criança ao mundo externo do útero e, nessa fase, recomenda-se o aleitamento materno exclusivo. É quando os pais precisam ficar mais em casa, evitando expor o bebê a situações para as quais não estão neurologicamente preparados”, explica dra. Aline.

No primeiro ano, há uma variabilidade muito grande em relação ao que é um sono bom – ou seja, confortante e de recuperação — para o bebê. O crescimento neuronal é muito rápido entre um mês e outro, impactando diretamente na velocidade das mudanças. “O ciclo de sono do bebê está totalmente relacionado às necessidades que ele precisa ter atendidas, seja a fome ou outra sensação desagradável, como estar com frio ou calor, cólicas, fralda suja... Então, ele dorme, sente uma necessidade fisiológica e acorda para chamar a atenção para o problema, normalmente chorando; tem sua demanda atendida, se sente acolhido e dorme de novo”, detalha a médica. É uma rotina cíclica a qual os pais precisam se adaptar, pois o bebê vai mamar de 3 em 3 horas, inclusive à noite e por um bom tempo.

Conforme o bebê cresce, o período que passa acordado aumenta. Entre os 12 e 24 meses, o bebê ainda está em fase de transição e pode ter despertares na madrugada. Porém, de modo geral, entre 1 a 2 anos eles conseguem dormir a "noite inteira", da meia noite às 6h, por exemplo.

“Quando entendemos esse ciclo e as necessidades do bebê compreendemos a importância de a familia desenvolver hábitos saudáveis desde o início da vida do pequeno, os quais vão impactar na sua formação e criação”, enfatiza.

O que precisa ficar claro é que é o adulto que tem que se adaptar ao ritmo e horários da fisiologia da criança, pois, além de ser impossível, tentar fazer o menor se adequar aos hábitos dos pais pode causar distúrbios de sono graves, o que vai gerar estresse durante o dia e sem possibilidade de relaxar à noite. “É uma dedicação que super vale a pena, pois em 3 ou 4 anos os pais poderão retomar a vida e terão em casa uma criança pronta, tranquila, sem ansiedade e com os sistemas neuronais bem desenvolvidos”, salienta a médica.

Aliás, diferente do que muitos acreditam, doenças como depressão, ansiedade e síndrome do pânico não surgem na idade adulta. Elas têm uma origem primitiva, desde a gestação. O cérebro humano está em constante desenvolvimento e fatores ambientais, socioculturais, nutricionais e genéticos colaboram com o desenvolvimento positivo ou negativo. Sobre isso, a dra. Aline ressalta: “fazer com que o bebê durma bem, considerando suas fases de vida, pode ajudar a evitar essas e outras doenças mentais”.

Mitos e verdades sobre o sono dos bebês

A dra. Aline comenta que normalmente os mitos, assim como as verdades, surgem a partir do que se espera da população em geral, ou seja, de uma "média". “Mas as experiências variam entre crianças, porque assim como os adultos, elas não são iguais”, pontua.


Bebês precisam de um berço seguro - VERDADE

Oferecer o máximo de segurança para os bebês é fundamental, inclusive para a tranquilidade dos pais. Por isso, é preciso ficar atento aos acessórios, como cobertas soltas e brinquedos que podem ser levados a boca (e fazer a criança se engasgar) e em como o pequeno dorme, evitando deixá-lo de barriga para cima (correndo o risco da ‘síndrome da morte súbita’).


O bebê não pode dormir de barriga cheia - MITO

O bebê pode, sim, dormir de barriga cheia, pois o ideal é que ele não adormeça com fome, ou seja, precisa estar alimentado para dormir.


O bebê não deve dormir em qualquer lugar e situação - VERDADE

Realmente o bebê pode dormir no carrinho, na sala, dentro do carro... Porém, para ter um sono tranquilo é importante que o bebê fique em um ambiente escurecido. Assim como os adultos fazem, os pequenos também precisam da higiene do sono. São muitas famílias em que o bebê, depois de mamar, dorme na sala, em frente à TV, num ambiente barulhento. Nessas situações, ele até pode dormir, mas não vai aprender que o lugar do sono é o quarto, na cama, com ambiente escurecido. Levar o bebê para seu quartinho quando ele pega no sono ajuda-o a "aprender" essa rotina.


O bebê precisa aprender a dormir sozinho - MITO

Não é preciso dar colo e ninar sempre que o bebê chorar e não quiser dormir. Porém, a presença de um dos pais é fundamental para transmitir segurança para o pequeno, que não deve se sentir abandonado. Deixá-lo chorar até dormir passa a mensagem de que ele está sozinho no mundo, desenvolvendo circuitos neuronais de ansiedade, a qual será percebida anos depois.


Os pais podem compartilhar a cama com o bebê - VERDADE

Há quem diga que não é recomendado, mas essa pode ser uma necessidade relevante dos pais. Até os 3 meses de idade se aceita que o bebê durma na cama dos pais, mas os cuidados precisam ser redobrados, tanto em relação às cobertas dos pais quanto ao seu sono (pois adultos rolam na cama e esse movimento pode colocar o bebê em risco).


Até os 3 meses, se der colo a todo momento o bebê se acostuma mal - MITO

Especialmente nesse período inicial da vida fora do útero, o bebê precisa muito de colo, pois a sensação de aconchego e segurança ajuda a fazer a transição do ambiente uterino para externo.

Dar chá de camomila ajuda a acalmar e a dormir - DEPENDE
No primeiro ano de vida, especialmente nos primeiros 6 meses, não se deve dar outro líquido além do leite materno – nem chá, nem água... Dos 6 aos 12 meses, se o bebê já toma mamadeira, o chá ainda é contraindicado. Dos 12 ao 24 meses, é possível ofertar um chá de camomila bem diluído, desde que de procedência conhecida e sem açúcar. Por sinal, não se deve dar açúcar aos pequenos antes dos 3 anos, ok? Uma criança de 3 anos que tem um sono agitado e sem regras desde que nasceu provavelmente não vai dormir melhor apenas por causa do chá.

Um sono agitado é fruto apenas de pesadelos - MITO
Muitas vezes um sono agitado é decorrente de alguma comorbidade, como obstrução nasal por adenoide ou rinite ou uma doença do refluxo que causa episódios de azia. Nesses casos, é o olhar do pediatra que vai ajudar a diagnosticar se o sono ruim não tem outras causas.

Quer ler mais sobre o sono dos bebês? No nosso blog você encontra um artigo sobre rotina de sono e a dificuldade de dormir das crianças. E se o seu bebê estiver com dificuldades para dormir, em primeiro lugar converse com o pediatra, que poderá dar as orientações corretas e encaminhar o atendimento, caso seja necessário.

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