Conheça as histórias por trás de canções que não saem da sua cabeça.

Hoje chega ao fim a nossa jornada sobre sonhos e criatividade. Depois de passarmos pelos sonhos que mudaram o mundo e pelos sonhos que fizeram história, chegou a hora de falarmos sobre a contribuição que eles trouxeram para o universo musical. Para se ter uma ideia do quão vasto é esse recorte do tema, basta dar uma olhada rápida na lista produzida pelo site Song Facts. São mais de 145 registros de canções com raízes oníricas. Por aqui, seremos bem mais modestos e contaremos apenas cinco destas histórias. 

Para começar, nada melhor do que falarmos sobre canções famosas da icônica banda The Beatles. Paul McCartney tinha apenas 21 anos quando sonhou com a melodia completa de Yesterday, numa noite em que dormia na casa da família da sua namorada (da época), Jane Asher. Ao acordar, correu para o piano para não esquecer a canção, mesmo temendo que estivesse plagiado inconscientemente o trabalho de outra pessoa. Esse temor levou McCartney a procurar diversos amigos do mundo da música para ter certeza de que aquela era uma canção original. A faixa atingiu o topo da Billboard Hot 100 dos EUA em setembro de 1965.

Anos mais tarde, Paul estava passando por um momento tenso junto aos Beatles e certa noite teve sonhos agitados, no qual sua mãe Mary — que havia falecido em decorrência de um câncer, quando ele tinha apenas 14 anos — se aproximava dele e lhe dizia que tudo ficaria bem. Esse encontro o inspirou a escrever Let It Be. A faixa, que virou hit, se tornou o último single a ser lançado pelo fabuloso quarteto, antes de anunciarem publicamente sua separação. John Lennon inclusive teria dito (em entrevista) que achava que a canção não tinha nada a ver com os Beatles. 

Por falar em Lennon, apesar da falta de identificação com Let It Be, ele também buscou nos sonhos a inspiração para escrever. No início do verão de 1974, enquanto gravava uma série de demos caseiras, Lennon sonhou com uma espécie de dialeto que soava como “böwakawa poussé, poussé”. Ao acordar, escreveu essas palavras junto a uma melodia. Mesmo sem ideia do que aquilo significava, Lennon gostou do som produzido e decidiu juntar àquilo alguns outros fragmentos de demos em que estava trabalhando. Quando foi para o estúdio gravar, descobriu que a frase sonhada tinha 9 sílabas. John, era obcecado com o número 9, e #9 dream acabou se tornando uma de suas canções favoritas e atingiu o 9º lugar no Hot 100. 

Inspirações oníricas também chegaram a outras bandas icônicas. Em uma manhã de primavera, em 1965, Keith Richards saiu da cama e notou que seu gravador tinha sido usado durante a noite. Mesmo sem lembrar de tê-lo acionado, Richards rebobinou a fita e clicou no play. Na gravação havia um riff de guitarra de três notas, seguido por alguns acordes básicos e um refrão simples: "I can't get no, satisfaction". A melodia repetida por Richards, com uma voz sonolenta e semiconsciente, foi seguida por outros 40 minutos de ronco. Nascia ali o embrião de um dos hits de maior sucesso dos Rolling Stones. 

Quase 20 anos mais tarde, Sting, da banda The Police, acordaria no meio da noite, no Caribe (após se separar da sua primeira esposa), com uma frase na cabeça: "Every breath you take, I’ll be watching you". Ele se sentou ao piano e em 30 minutos estava com a música pronta. O que em um primeiro momento poderia parecer uma canção de amor, revelava também um lado sinistro de controle, vigília e obsessão. Ainda assim, ela se tornaria um dos maiores sucessos da carreira de Sting.

A lição que fica, após todas essas histórias, é que devemos estar preparados no momento em que a inspiração vier. Provavelmente você não vai descobrir a cura do câncer ou ganhar algum prêmio, mas algumas horas de sono podem, sim, te ajudar na resolução de problemas. E nada como um bom colchão e uma boa cama para dar aquela forcinha para quem deseja atingir um sono REM. Na Vivar Sleep Center você encontra produtos premium com tecnologia e qualidade que te ajudarão a relaxar ainda mais.

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